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Uma experiência de outro nível, é olha que estou falando de culto.

Enquanto estou escrevendo essas linhas, estou vivendo um momento difícil em minha vida. Confesso que não há grandes problemas que preciso me internar ou ter uma coisa muito radical, mas estou numa crise muito difícil de sair.

Parece que tudo que faço não dá nada certo, o jeito que estou pensando a vida não é o jeito que outros pensam.

Muito ao meu redor almejam casa, carro, um emprego bom financeiramente, ser bem estruturada e ter uma vida longa.

Eu… almejo ter uma casa, almejo ter um carro, almejo ganhar muito em meu trabalho. Mas almejo trabalhar com aquilo que sempre quis, de poder ter liberdade tanto financeira quanto de tempo livre. Porém, parece que não tem como, que tenho que correr atrás daquilo que muitos querem.

Isso é engraçado pois temos a mesma experiência espiritual.

Todos buscam coisas que possam alimentar um desejo de viver em intensidade. Todos buscam experiências inesquecíveis, que podem mudar suas vidas, que podem transformá-los de uma maneira tão intensa que eles não conseguem nem se lembrar da vida que tiveram — ou se lembram, mas não querem voltar.

Uma boa história traz uma sensação gigante de mudança. Ela até pode trazer temas pesados, ou até parecidos com sua vida, mas ela sempre traz, no seu final, uma gigantesca mudança.

O famoso final de feliz.

É sempre assim. O mundo normal é banal, um protagonista que não acha que se encaixa nesse mundo e que sente que poderia viver mais do que está vivendo. Então vem o chamado, aventura, ação, a ida num mundo tão estranho que faz ele querer voltar para o mundo normal e banal.

Vem então a jornada de volta que entrelaça com o problema daquela aventura. Se ele terminar o objetivo daquela aventura, ele consegue voltar para seu mundo normal. Então vem as lutas, os conflitos, as guerras e o vilão que narrativa gostamos de chamar de antagonista – pois tem o mesmo desejo do protagonista, mas vê pelo o lado oposto. A luta entre eles, o protagonista vence.

A volta para o mundo normal e banal, só que agora com algo novo, diferente. Os problemas que ele antes sofria agora são meras situações que com uma simples fala pode sumir.

Assim… final feliz.

Repararam alguma coisa? Não viram que isso é sempre um jeito de tentar resolver os problemas, de achar forças e só assim resolver os problemas que temos na sua vida.

Tanto no seu dia-a-dia, quanto no cinema, vamos ver um desespero de tentar resolver os problemas de nossas vidas. Só que a gente não consegue resolver, a gente não tem aquela força necessária. Nem os roteiristas, pois, se tivessem, não estariam escrevendo mais histórias com a mesma estrutura acima.

A gente clama por uma salvação, um desespero que é humano, mas tentam ver sempre pelo lado humano e nunca olhar para outro lado (para cruz, para Jesus, Aquele que sem olhar sua aparência te salva e resolve seu problema).

Pegando essa coisa de salvação, queria compartilhar algo que aconteceu comigo enquanto eu lia e revisava alguns estudos meus.

O livro que estava lendo se chama Duna, escrito pelo americano Frank Herbert e publicado pela primeira vez em agosto de 1965. Um grande livro (pelo seu conteúdo, mas pelo fato de ser uma livro enorme). Ele é uma ficção científica (gênero que fala sobre naves, alienígenas e outros planetas que parecem como os nosso mas não são), ele conta a história de um planeta que é um deserto e sua areia pode tirar uma especiaria que usada como combustível para tudo que há na galáxia.

E o protagonista e sua família são escolhidos para governar nesse planeta. O problema é que nessa trama a uma grande profecia de um grande salvador que virá é governará sobre todos. Um messias universal, planetário e galactico. Com um nome tão estranho que nem sei escrever, mas é escrito no livro.

Por fim, como qualquer outra história, nosso protagonista é esse Messias, ou o homem que vai preparar o caminho para o verdadeiro Messias – desculpa eu não li o livro tudo é muito, muito, muito redundante.

A escrita dele é bem complexa e se você for lê, leia com calma e atenção. As intrigas são envolventes, mas parecem só uma forma de enrolar e encher página até o ponto que ele quer chegar. Se eu recomendo essa obra? Não vai ler outro livro.

O ponto que quero chegar é que esse livro é mais um entre outros que falam de um salvador. Posso te dar uma enorme lista de livros e filmes que tem a mesma estrutura só que em gêneros diferentes.

É sempre uma necessidade de achar o messias, o escolhido que vai salvar o mundo e a todos. Aquele enviado que vai ter um grande sacrifício e ele vai voltar trazendo um grande elixir ou arma para nós ajudar a derrotar o mal.

Tal estrutura tem nome, A Jornada Do Herói. Ela foi criada por um autor que anos depois foi refeita por outro autor que a transformou numa forma de sucesso para livros e filmes. Ela tem doze passos, tem seus seguimos e regras.

E é muito chato ler ou estudar sobre ela. E quanto você começa a notar que muitas histórias usam ela como estrutura e base, você acaba enjoando muito antes de terminar o primeiro capítulo ou ver os trinta minutos. Ela deixa a história redundante, batida e… muito, muito, MUITO tediosa.

Deixo abaixo a estrutura dessa Jornada, com seus passos.

Reparem que ela é um círculo. Da mesma forma que eu falei uns parágrafos acima. Ela não tem uma coisa especial, usar ela é para preguiçosos e desligados da vida normal.

E veja que para um filme ou livro é perfeita. Vai dar a sensação perfeita que eles querem como forma de resolver os seus problemas. Mas eles, o escritor, esquece que sua vida é muito além da sala de cinema e que os problemas reais não respeitam essa estrutura. Nem tem como respeitar, já que nossa vida é muito mais do que mero círculo. São vários círculos que Deus quebra.

Por 2 horas e 20 minutos você vive esse círculo, uma experiência que eu igualo ao uso de drogas, momentânea e quando acabar seus problemas te abraçam de volta.

A nossa vida é uma corrida, você está fugindo dos problemas, mas seu destino, sua folga muitas vezes são mais problemas. Corre, corre, corre, tem mais problemas te esperando do outro lado.

Mais quando sua corrida é aos pés da cruz. A história muda, o destino é diferente, o círculo é quebrado.

“Tu, porém, ó Senhor, não te distancies de mim; ó força minha, apressa-te em socorrer-me.

Livra a minha alma da espada, a minha vida do poder do cão.

Salve-me da boca dos leões; livra-me dos chifres dos bois selvagens”. (Salmos 22.19 – 21)

Quando estamos aos pés da cruz, nossos problemas somem, nossa experiência é muito mais maior do que 2 horas e 20 minutos.

Eu nunca usei drogas, nunca fui dependente químico, mas presenciais lutas que nunca tiveram um final feliz.

Entretanto tive experiência e quero ter mais experiências com Deus. Pois ele quebra círculos. É só reparar na História de Cristo Jesus; ela não segue a jornada do herói. Ele não veio aqui, resolveu o problema e foi embora.

Não. Ele veio aqui, mostrou como enfrentar o problema, deu a chave, a armadura, treinou e depois foi embora, mas ainda está aqui. Nos dando forças e energia para enfrentar os problemas.

Meu Jesus Amado. Declaro meu leão vencido agora, pois não sigo um herói humano, sigo O Criador de tudo e todas as coisas. Pai meu, Deus meu.

Aquele que tem a maior experiência. Aquele muda vida, aquele que troca o teu DNA.

Pois você, quando aceita Jesus como seu salvador, você de mendigo vira filho do rei, de prostituda vira princesa.

Essa é a maior experiência que temos. Não é bebida, não é drogas, não é cinema ou redes sociais, nada disso. Cristo, nosso Deus. Estar na presença dele é maior do que qualquer outra experiência que você vai ter.